“Sensacional, muito melhor do que eu esperava”, disse o presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (9) após o primeiro encontro presencial com o americano Joe Biden desde que este assumiu a Casa Branca, há um ano e meio.
O encontro entre os dois presidentes aconteceu de forma paralela durante a 9ª Cúpula das Américas, em Los Angeles. Durou cerca de 20 minutos na chamada reunião ampliada, que era aberta, e mais 30 minutos apenas com os dois presidentes, acompanhados dos tradutores.
Em entrevista à CNN após a reunião bilateral, Bolsonaro afirmou que ele e Biden “comungam da mesma percepção” e que está “maravilhado” com o democrata. “Foi excepcional, estou muito feliz. Posso dizer que estou maravilhado com ele. Não estou errando em falar dessa maneira. Ficamos quase meia hora conversando reservadamente”, disse o brasileiro, que até pouco tempo levantava, sem provas, suspeitas de fraude nas eleições norte-americanas.
Bolsonaro afirmou ainda que ambos trataram abertamente sobre a Amazônia, para reduzir o desmatamento, e que Biden “concorda” com o governo brasileiro no que diz respeito ao assunto. Deixou claro, entretanto, que “muitas vezes” o governo brasileiro sente sua soberania ser ameaçada na região amazônica.
O chefe do Executivo brasileiro também destacou que o presidente dos EUA se “comprometeu” a ajudar o país a manter a democracia e liberdade. Falou ainda que deixará o governo “de forma democrática”, se for o caso.
O presidente brasileiro disse ainda que, embora não quisesse o conflito entre Rússia e Ucrânia, o Brasil tem “dependências” dos fertilizantes russos. Foi uma explicação para o fato de ter se esquivado de fazer críticas públicas ao líder russo Vladimir Putin, o que irritou os americanos.