Por causa da data-limite estabelecida pela Justiça Eleitoral para desincompatibilização de cargos públicos (2 de abril), no caso de quem quer concorrer às urnas, nove ministros do governo Jair Bolsonaro desembarcaram de suas funções. Seus nomes foram publicados na edição desta quinta-feira (31/3) do Diário Oficial da União. Outros personagens importantes também deixam a Esplanada, como Mario Frias, Sérgio Camargo e Alexandre Ramagem.
Secretário Especial de Cultura do Ministério do Turismo, Mario Frias deixa o cargo, que será assumido por Hélio Ferraz. Frias ficou conhecido durante os anos em que esteve à frente da pasta por postagens polêmicas nas redes sociais e brigas com famosos.
Sérgio Camargo também colecionou polêmicas à frente do cargo de presidente da Fundação Cultural Palmares. Em uma das últimas colocações nas redes sociais, Camargo se manifestou sobre morte do congolês Moïse, assassinado por cobrar diárias de trabalho em quiosque no Rio de Janeiro. Ele definiu o homem como “vagabundo morto por vagabundos mais fortes”.
Mas não foram só postagens polêmicas que cercaram a gestão dele. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, por exemplo, determinou que os poderes de Camargo, sobre gestão de servidores do órgão, fossem restritos. Há denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários. O nome de Camargo foi publicado no DOU desta quinta, mas sem o substituto.
Por fim, Alexandre Ramagem deixa o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em uma de suas últimas ações, segundo o colunista do Metrópoles Guilherme Amado, Ramagem fez campanha eleitoral enquanto ainda ocupava a função. No dai 26 de fevereiro, ele publicou em redes sociais que o governo Bolsonaro armou o “cidadão de bem” e também atacou governos petistas.
Pré-candidato, o amigo da família Bolsonaro se filiou ao PL, partido do presidente. O nome de seu substituto ainda não foi publicado no DOU.
Metrópoles