João Pessoa 27.13ºC
Campina Grande 23.9ºC
Patos 26.07ºC
IBOVESPA 126526.27
Euro 5.4702
Dólar 5.1151
Peso 0.0059
Yuan 0.706
Médica explica como conviver com novo surto de gripe que assusta população e superlota serviços
02/01/2022 / 08:39
Compartilhe:

​A população brasileira ainda está ressentida com as síndromes virais, principalmente suas consequências, e por isso, amedrontada, recorre em caso de sintomas, mesmo os leves, a procura de ajuda médica nos serviços de saúde, o que se percebe um aumento considerável nas unidades publicas ou particulares.

A nutróloga e médica do esporte, Clarissa Rios relembra que o surto acontece numa época atípica do ano, pois estamos acostumados a vivenciar os casos de gripe durante o inverno, mas é preciso mais uma vez repaginar o sistema imunológico com estilo de vida saudável.

Para Clarissa Rios, a população está diante de uma doença que pode ser controlada com hábitos de higiene respiratória, tanto falados durante a pandemia do Covid-19, e, dessa vez, uma medicação pode fazer parte do arsenal contra o vírus, o oseltavimir, que deve ter indicação médica precisa. “Contudo, assim como a maioria dos contatos que temos com vírus e bactérias, não deveríamos desenvolver as doenças”, explicou.

Segundo a médica, o desenvolvimento da virose H3N2 acontece quando o metabolismo não é capaz de desenvolver células de defesa suficientes ou quando não consegue realizar a identificação do agente agressor. “Mais uma vez preciso ressaltar que o melhor remédio preventivo ainda consiste numa alimentação adequada e realização de exercícios físicos diários”, destacou.

Segundo a FIOCRUZ, o vírus H3N2 é um dos subtipos de vírus influenza A e, em nosso país, temos neste momento a circulação da cepa batizada de Darwin, descoberta na Austrália, em 2018. Ela vem contribuindo para o aumento de casos de gripe em uma época diferenciada do ano.

Entre os sintomas, as manifestações de vírus clássicos da clínica de gripe são: febre alta com início súbito, cefaleia, artralgia, congestão nasal, dor de garganta e tosse seca. Em especial, esse tipo de vírus acomete com mais frequência os extremos de idade (crianças e idosos), que podem ainda apresentar mais complicações. “Entre os grupos de risco ainda estão as grávidas e puérperas (até duas semanas pós parto) e indivíduos com acometimentos pulmonares prévios, imunossuprimidos e obesos”, informou Clarissa Rios.

De acordo com a nutróloga e médica do esporte, levando em consideração esses sintomas, tem havido uma grande dificuldade em realizar o diagnóstico diferencial com a COVID-19 e outras gripes causadas por vírus Influenza A como a H1N1, bem como outros vírus influenza dos tipos B e C. “Portanto, está indicado o isolamento social, uso de máscaras, a realização de teste RT PCR para descartar a Covid-19 e utilização de medicação suportiva para os casos leves, como antitérmicos e analgésicos, além de uma excelente hidratação”, indicou.

Clarissa Rios recomendou ainda que, caso o teste para Covid-19 resultar negativo, o afastamento social de cinco dias está indicado nos casos leves, e se houver necessidade de uso de oxigênio ou internação hospitalar, de 10 a 14 dias do início dos sintomas.