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Ministério da Saúde confirma ineficácia do ‘kit Covid’ em pacientes hospitalizados
14/07/2021 / 20:53
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Medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina não tem eficácia no combate à covid-19 e não devem ser utilizados em pacientes hospitalizados por causa da doença. A orientação, já apontada por especialistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi reforçada em um parecer enviado pelo Ministério da Saúde à CPI da Covid no Senado.

O documento é uma nota técnica da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema de Saúde (Conitec) e foi enviado como resposta a um requerimento do senador Humberto Costa (PT-PE), um dos titulares da comissão parlamentar de inquérito.

De acordo com a Conitec, os medicamentos foram testados e não mostraram benefícios para os pacientes hospitalizados. A pasta reforça ainda que o uso da ivermectina não possui evidência científica.

“Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população”, destaca a nota técnica.

O parecer também não faz referências a qualquer benefício dos fármacos de forma profilática ou nos estágios iniciais da doença, o chamado “tratamento precoce”. Enfatiza ainda que não está em análise incluir cloroquina como medicamento indicado em qualquer fase do tratamento da doença.

“Não há, no âmbito da Conitec, demanda para análise de incorporação da cloroquina ou hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19”, diz o texto.

As diretrizes foram aprovadas por unanimidade pelos membros da Conitec  e “devem ser seguidas nos serviços de saúde, públicos ou privados, que prestam atendimento a pacientes diagnosticados com Covid-19”.

Conitec é a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, órgão de assessoramento do SUS.

As orientações vão em sentido contrário às manifestações do presidente Bolsonaro, que é um entusiasta do chamado “kit Covid” e dos remédios utilizados no “tratamento precoce”.

A CPI investiga se empresas produtoras dessas substâncias foram favorecidas financeiramente pelo governo federal. Também é investigado se empresas de comunicação e funcionários públicos alinhados ao presidente usaram suas plataformas para divulgar o “tratamento” utilizando recurso público.