O Ministério Público da Paraíba está investigando uma denúncia feita por entidades não governamentais sobre a falta de medicamentos usados por pacientes com infecções oportunistas, HIV/Aids, na Paraíba.
De acordo com o MPPB, além de cobrar da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PB) mais informações sobre o assunto, o Centro de Apoio Operacional às promotorias de Justiça de defesa da Saúde (CAO Saúde) elaborou e disponibilizou, aos promotores de Justiça, uma minuta de ofício para que gestores informem o estoque desses medicamentos, em seus municípios.
A demanda foi trazida por representantes do Movimento Espírito Lilás e Cordel Vida, em audiência realizada no último mês de setembro. O Procedimento Administrativo teve como uma de suas primeiras diligências o envio de ofício à SES-PB, cobrando esclarecimentos sobre a questão.
Em resposta, a SES-PB informou que houve um acordo com a CIS-PB sobre as responsabilidades quantos aos medicamentos necessários para combater às infecções oportunistas em pessoas que convivem com HIV/Aids, de acordo com a resolução CIB-PB nº 19, de 03 de fevereiro de 2020, que diz que todos os medicamentos de âmbito hospitalar estão sendo adquiridos rotineiramente por meio da Ata de Registro de Preços nº 0134/2022 e que, no Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, referência no Estado no atendimento a pessoas que convivem com HIV, os estoques de medicamentos estavam regulares.
Além disso, a secretaria também informou que o medicamento Micafungina não integra a relação de medicamentos da CIB-PB e que pode ser substituído por outros antifúngicos padronizados no hospital, como a Anfotericina B e o Fluconazol.
A coordenação do CAO Saúde encaminhou o caso ao promotor de Justiça de João Pessoa que tem atribuição na defesa da Saúde para que sejam adotadas as medidas cabíveis em relação ao assunto.
F5online com informações do Portal Correio