O Ministério Público da Paraíba notificou a empresa Uber do Brasil Tecnologia para que preste esclarecimentos relacionados à prática de racismo religioso por motoristas que usam o aplicativo da empresa para prestar o serviço de transporte em João Pessoa.
O procedimento foi instaurado após uma líder da religião de matriz africana candomblé denunciar, por meio de uma matéria jornalística juntada aos autos, a prática racista.
A reportagem denuncia que uma integrante de um terreiro localizado na capital pediu um transporte, na última segunda-feira (25), e o motorista acionado enviou uma mensagem à usuária do serviço com conteúdo racista religioso e cancelou a corrida.
Na matéria, a denunciante, que seria mãe de santo, diz que a prática é recorrente e que não poderia mais se calar diante do preconceito sofrido pelas pessoas integrantes da religião.
Uma mãe de santo afirmou ter sido vítima de intolerância religiosa por um motorista de aplicativo nessa segunda-feira (25), em João Pessoa. A vítima, identificada como Lúcia Oliveira, é líder de um terreiro de Candomblé.
Segundo a polícia, a mulher pediu uma corrida através de um aplicativo e deu como localização final o terreiro. Ao saber do destino, o motorista enviou a seguinte mensagem: “Sangue de Cristo tem poder, quem vai é outro kkkkk tô fora”, e, em seguida, fez o cancelamento da viagem
A Uber não tolera qualquer forma de discriminação. Em casos dessa natureza, a empresa encoraja a denúncia tanto pelo próprio aplicativo quanto às autoridades competentes e se coloca à disposição para colaborar com as investigações, na forma da lei.
A Uber busca oferecer opções de mobilidade eficientes e acessíveis a todos. A empresa reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e inclusão para todas as pessoas que utilizam o app.