
Na decisão que resultou na prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida neste sábado (22), o ministro Alexandre de Moraes criticou as ações de seus filhos, Eduardo e Flávio Bolsonaro. Moraes afirmou que as tentativas de interferência no processo judicial são ‘patéticas’ e ressaltou que a democracia brasileira está madura o suficiente para responsabilizar ações ilegais que visam proteger uma organização criminosa.
O ministro destacou que Eduardo Bolsonaro, ao tentar articular ações contra o país, abandonou seu mandato parlamentar. Flávio Bolsonaro, por sua vez, foi criticado por sua tentativa de mobilizar apoiadores em torno da casa do pai, o que, segundo Moraes, indica uma possível intenção de obstruir a fiscalização da tornozeleira eletrônica e da prisão domiciliar do ex-presidente.
Em um vídeo divulgado na noite de sexta-feira (21), Flávio convidou seus apoiadores a se reunirem em apoio ao pai. Moraes considerou essa atitude como uma tentativa de causar ‘caos social’ e ignorar a responsabilidade que Flávio tem como senador da República.
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro foi solicitada pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aprovada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que concordou com a medida devido à violação da tornozeleira eletrônica e ao risco de fuga. O ex-presidente passará por uma audiência com um juiz neste domingo (23), mas a prisão não tem prazo determinado.
A PGR, em sua manifestação, destacou a urgência e gravidade dos novos fatos apresentados, afirmando que não se opõe à providência indicada pela Autoridade Policial. O caso continua a repercutir entre políticos e autoridades, enquanto a cobertura da prisão de Bolsonaro segue em andamento.