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Ministro da Saúde esfria candidatura, e filho deve concorrer à Câmara
05/02/2022 / 08:53
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem dito a aliados que não deve disputar as eleições deste ano.

O sinal mais recente de que a candidatura esfriou é que o filho mais novo do ministro, Antônio Cristóvão Neto, 22, planeja tentar uma das vagas da Paraíba na Câmara dos Deputados. O partido do filho de Queiroga é o PL, o mesmo do presidente Jair Bolsonaro.

Comandada pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), a legenda tem atraído apoiadores do presidente, que foi de crítico a aliado do centrão durante o mandato.

Queiroga chegou a avaliar se candidatar e conversou com líderes de PL, PP e Republicanos, mas aguardava um aceno de Bolsonaro. Sem apoio público do presidente, optou, por enquanto, por não disputar as eleições e permanecer na Saúde.

Estudante de medicina em universidade da Paraíba, Neto tem acompanhado agendas do pai em Brasília desde o ano passado.

Como mostrou a Folha, mesmo sem oficialmente integrar as comitivas, o estudante esteve em pelo menos uma viagem de Queiroga e em outra do ministro do Turismo, Gilson Machado. Os deslocamentos foram feitos em aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira).

Neto publicou, em 2021, foto nas redes sociais ao lado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). “Sempre bom desfrutar da companhia do meu amigo”, escreveu o estudante.

Desde o fim do ano passado Queiroga sinaliza a aliados que deseja permanecer no governo e que o candidato da família é o filho.

Para se agarrar ao cargo na Saúde, Queiroga aposta em agrados ao presidente. O médico alterna, em discursos, elogios à compra e entrega das vacinas com acenos à ala bolsonarista que duvida da segurança e eficácia da imunização.

Queiroga chegou a propor suspender a vacinação de adolescentes e abriu espaço a representantes do movimento contrário à imunização contra Covid antes de liberar as doses para crianças.

O Ministro terá de deixar o governo até o começo de abril se decidir se candidatar, quando se encerra o prazo para desincompatibilização do cargo para disputar as eleições.

Mesmo se o ministro mantiver a escolha de seguir na Saúde, a cúpula da pasta deve ter mudanças por causa do pleito deste ano.