Pesquisadores do Centro Mediprobe Research e da Escola de Medicina da Universidade de Toronto, ambos no Canadá, fizeram um meta-análise com 23 estudos para avaliar e classificar a eficácia de três remédios contra a queda de cabelo em homens. A revisão sobre as opções de tratamento não cirúrgicas para a calvície foi publicada na prestigiada revista científica Jama Dermatology, no início deste mês.
A alopecia androgenética é mais comum nos homens porque uma de suas causas está relacionada ao hormônio sexual masculino: a testosterona. A outra razão é a hereditariedade. Esses dois fatores atrofiam os folículos capilares e aceleram a queda definitiva do cabelo.
Ainda não havia um trabalho mais aprofundado comparando a eficácia de remédios para alopecia androgenética nos homens. Os cientistas analisaram os resultados do uso de várias dosagens dos três medicamentos orais e tópicos — minoxidil, dutasterida e finasterida — por dois a quatro meses.
Após comparar as publicações, os pesquisadores elencaram os melhores os melhores resultados. Eles descobriram que tomar 0,5 miligramas de dutasterida oral por dia teve a maior probabilidade de reduzir a perda de cabelo nos homens. A dutasterida é um remédio indicado para o tratamento de hiperplasia prostática benigna (HPB), que é o crescimento benigno da próstata. Em sua bula aprovada pela Anvisa, o medicamento tem indicação para tratamento da calvície no Brasil.
A dutasterida tem efeitos colaterais mais graves do que os outros remédios analisados pelos cientistas, incluindo a perda do desejo sexual e a da capacidade de obter e manter uma ereção.
No Brasil, o minoxidil é liberado pela Anvisa para uso no tratamento contra a calvície. Diferentemente do que foi analisado no estudo, a medicação no nosso país tem formulação tópica, com 5% do composto em cada mL do produto, o que equivale a 50mg/mL. Aplica-se o produto duas vezes ao dia (1mL em cada aplicação), na região onde pretende-se recuperar o cabelo.
O Globo