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Missão da CNI: Brasileiros discutem cooperação em etanol e biocombustíveis para aviação nos EUA
10/09/2025 / 07:25
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A comitiva contou com a participação da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEPB), representada por seu presidente, Cassiano Pereira, que também preside a Associação Nordeste Forte – Foto: Núcleo de Comunicação / FIEPB

A missão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Washington, realizada na semana passada, destacou a possibilidade de cooperação em etanol e biocombustíveis para aviação na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. A comitiva contou com a participação da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEPB), representada por seu presidente, Cassiano Pereira, que também preside a Associação Nordeste Forte.

Missão em Washington

A CNI apresentou três áreas de interesse ao governo e empresários norte-americanos: mineração de terras-raras, biocombustíveis (etanol e SAF – Sustainable Aviation Fuel) e atração de investimentos para data centers.

Segundo Cassiano Pereira, não houve discussão sobre abertura de mercado do etanol no curto prazo. Porém, a delegação brasileira reforçou o histórico de abertura desde 2008 e destacou que, mesmo sem tarifas em 2022, não houve exportações significativas. Também foi lembrado que o Brasil ampliou a mistura de etanol na gasolina, enquanto os EUA mantiveram seus percentuais.

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Impacto e Produção de Etanol na PB

O Sindalcool já havia alertado que a tarifação de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros provocou perdas estimadas em R$ 40 milhões na cadeia produtiva de açúcar e etanol do estado.

O setor sucroenergético da Paraíba, em especial, sofre maior pressão no açúcar, que responde por cerca de 49% das exportações do estado. Em 2024, Estados Unidos (US$ 20 milhões) e Canadá (US$ 18 milhões) representaram juntos 47,3% do valor exportado pelo segmento.

De acordo com o Sindalcool, entidade que representa a indústria de etanol no estado, há tendência de redução da produção de açúcar e aumento da oferta de etanol anidro e hidratado nesta safra.

“Na Paraíba haverá redução superior a 10% na produção de açúcar nesta safra em comparação à anterior. Em contrapartida, crescerá a produção de etanol anidro, acompanhando a demanda nacional”, destacou Edmundo Barbosa, presidente executivo do Sindalcool.