
A Estação das Artes, espaço público situado em uma das áreas mais bonitas da orla de João Pessoa, tem sido fonte de constantes transtornos desde que passou a ser cedida pela Prefeitura para a realização de eventos privados. Além do som alto que atravessa a madrugada, moradores convivem com ruas fechadas, calçadas usadas como mictórios, fogos de artifício e um rastro de sujeira que se espalha por todo o Farol do Cabo Branco após cada festa.
No último sábado, dia 8, o cenário se repetiu. Um evento de temática de Halloween avançou até as cinco horas da manhã do domingo. Quem não pôde dormir fora de casa foi obrigado a suportar o volume extremo dos equipamentos de som e os constrangimentos já relatados ao Ministério Público pelos moradores.
A manhã seguinte revelou o que já se tornou rotina. Lixo espalhado, embalagens jogadas no chão, garrafas, copos e resíduos ocupando ruas e calçadas. Um cartão postal da cidade amanheceu transformado em depósito improvisado de resíduos, com impacto direto para quem vive e trabalha na área.

Mesmo com reclamações formalizadas, moradores afirmam que Semob, Semam, Polícia Militar e PbTran seguem omissos diante do problema. A sensação é de abandono. A cada novo evento autorizado, a comunidade teme a repetição dos transtornos e cobra uma solução que preserve o direito ao descanso, ao ordenamento urbano e ao uso digno do espaço público.