O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu as regras para o transporte e internação de Jair Bolsonaro no Hospital DF Star, em Brasília. Segundo a decisão, o transporte do ex-presidente da Superintendência da Polícia Federal, onde está preso, ao hospital, deverá ser feito de maneira discreta, com o desembarque nas garagens da unidade hospitalar.

A Polícia Federal ficou responsável pela vigilância completa durante toda a estadia de Bolsonaro no hospital, incluindo segurança 24 horas por dia. O órgão deverá manter pelo menos dois policiais federais na porta do quarto e as equipes necessárias dentro e fora do hospital para garantir a ordem.

Foi proibida a entrada de computadores e telefones celulares no quarto onde Bolsonaro ficará internado, salvo os equipamentos médicos indispensáveis ao atendimento.

Procedimentos autorizados

Moraes autorizou que o ex-presidente passe por dois procedimentos cirúrgicos: um para tratar duas hérnias inguinais e outro para bloqueio anestésico do nervo frênico, relacionado às crises de soluço apresentadas. Os pedidos foram feitos pela defesa de Bolsonaro com base em laudos médicos, e a Polícia Federal realizou perícia que confirmou a necessidade dos procedimentos. A Procuradoria-Geral da República também manifestou concordância com a realização das cirurgias.

De acordo com a decisão, Bolsonaro será internado no dia 24 de dezembro e passará pela cirurgia no dia 25, data do Natal.

Acompanhantes autorizados

A defesa do ex-presidente solicitou que três pessoas o acompanhassem durante a internação: a esposa Michelle e os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro. Moraes autorizou que Michelle esteja presente durante toda a internação, enquanto as demais visitas dependerão de autorização judicial prévia.