Morreu na noite desta sexta-feira (28), no Rio de Janeiro, Robson Gracie, aos 88 anos. Ele foi um dos grandes expoentes da família Gracie e um dos maiores defensores e divulgadores do jiu-jítsu, além das artes marciais mistas (MMA), na sigla em inglês. Em vida, Robson recebeu a faixa vermelha de jiu-jítsu, nono e mais alto grau da modalidade. A causa da morte ainda não foi divulgada.
A informação foi confirmada pela neta do ex-lutador, Kyra Gracie, por meio de suas redes sociais. No Instagram, ela lamentou a morte do patriarca da família. “Eu me despeço do meu eterno avô amado, que é uma das pessoas mais importantes da minha vida”, publicou.
Robson deixa os filhos Charles, Renzo, Keila, Ralph, Flávia e Robson Gracie Júnior. O sétimo, Ryan Gracie, morreu em 2007.
Perfil
Robson nasceu em 1935 e foi o segundo filho de Carlos Gracie, patriarca da família. Nos anos 1950, seguiu os passos do tio Hélio Gracie e do irmão Carlson e estreou no Vale-Tudo, com vitória sobre Artur Emídio. Mais tarde, venceria, também, Valdo Santana, irmão de Valdemar Santana.
O membro da família Gracie também se destacou pela ênfase do jiu-jitsu na defesa pessoal, como uma ferramenta de proteção e socialização das pessoas.
Robson também teve notório envolvimento na política. Sua notoriedade no jiu-jítsu o levou a ser contratado como guarda-costas de Leonel Brizola, à época deputado federal do estado da Guanabara e cunhado do então presidente João Goulart. Após o golpe militar de 1964, foi preso por 64 dias e torturado, até ser liberado por intervenção de seu tio Hélio.
Mais tarde, na década de 1980, durante o primeiro mandato de Brizola como governador do Rio de Janeiro, Robson assumiu a presidência da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (SUDERJ).
Informações do ge