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Morre Michael Collins, astronauta da Apollo 11, aos 90 anos
28/04/2021 / 15:19
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SALVADOR NOGUEIRA

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O mundo perdeu nesta quarta-feira (28) mais um astronauta do programa Apollo, que levou humanos à Lua entre 1968 e 1972. Desta vez foi Michael Collins, membro da tripulação que realizou a primeira alunissagem tripulada, na missão Apollo 11. Ele tinha 90 anos e morreu após uma batalha contra o câncer.

Collins teve como companheiros de viagem Neil Armstrong (1930-2012) e Buzz Aldrin (1930- ), mas, diferentemente dos colegas, ele permaneceu o tempo todo em órbita lunar, a bordo do módulo de comando Columbia, enquanto o módulo lunar Eagle descia à superfície para que Neil e Buzz pudessem caminhar pela superfície, naquele histórico 20 de julho de 1969.

Aquele já era o segundo voo espacial de Collins, que antes havia sido colega de tripulação de John Young na missão Gemini 10.

Nascido em Roma, na Itália, em 31 de outubro de 1930 (ele era filho de um oficial do Exército americano então estacionado lá), Collins também seguiu carreira militar, mas na Força Aérea dos EUA. Foi escolhido para ser astronauta na terceira turma da NASA, em 1963, como parte da equipe que teria de voar nas missões Apollo.

Após sua visita à órbita lunar, ele foi convidado para se tornar chefe do Escritório de Relações Públicas (Bureau of Public Affairs) do Departamento de Estado dos EUA, função que exerceu por dois anos, entre 1969 e 1971. Mas não era a praia dele, e Collins pediu para ser, em vez disso, o Diretor do Museu Nacional do Ar e do Espaço, em Washington, onde ficou até 1978.

O ex-astronauta teve ainda passagens pela indústria aeroespacial e fundou, em 1985, uma empresa de consultoria. Paralelamente, sempre manteve o ativismo espacial, divulgando em livros, artigos e aparições públicas a importância da exploração do espaço.