O presidente da Sociedade Paraibana de Anestesiologia, Dr. Gutenberg Borborema, lamentou a morte do jovem Erik Edge, de 17 anos, nos Estados Unidos, após complicações decorrentes de anestesia durante uma cirurgia de remoção do dente do siso. O procedimento foi realizado no dia 24 de junho, mas, segundo relatos, a anestesia causou o fechamento da garganta do adolescente, resultando em falência múltipla dos órgãos. Apesar das repetidas tentativas de reanimação cardiopulmonar, Erik não resistiu, conforme relatado por seu pai.
Borborema destacou a importância da presença de um médico anestesiologista em procedimentos que envolvam sedação, alertando para os riscos de práticas inadequadas. “Infelizmente, todos os dias nos deparamos com notícias como essa, que nos entristecem profundamente. A anestesia é extremamente séria. Somente o médico anestesiologista está capacitado para garantir a segurança do paciente e evitar adversidades. É fundamental que qualquer ato anestésico seja realizado com a supervisão desse profissional”, afirmou.
O presidente também apontou falhas na legislação que permitem que alguns odontólogos realizem atos anestésicos sem a devida capacitação, colocando pacientes em risco. “Estamos promovendo ações judiciais em âmbito nacional para evitar que tragédias como essa se repitam”, completou.
A família de Erik entrou com uma ação por negligência médica contra o Dr. Bryan McClelland, que teria desempenhado simultaneamente as funções de cirurgião e anestesista durante o procedimento, uma prática que a família alega ter sido motivada pela intenção de reduzir custos e aumentar lucros. A mãe do jovem afirmou que a tragédia foi “inteiramente evitável”.
Dr. Gutenberg Borborema fez um apelo à população para priorizar a segurança em procedimentos médicos. “É fundamental que as pessoas exijam sempre a presença do médico anestesiologista. Não se deve abrir mão dessa segurança, pois vidas de inocentes dependem disso”, concluiu.