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Ministério Público da PB pede prisão de pastor por aplicar golpes de R$ 2 milhões em fiéis
18/09/2023 / 16:48
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O pastor Péricles Cardoso de Melo, acusado de crimes de estelionato contra fiéis da igreja Assembleia de Deus, em João Pessoa, teve o pedido de prisão requerido pelo Ministério Público da Paraíba. Com o término do inquérito, a Polícia Civil concluiu que o religioso recebeu de forma indevida o montante de R$ 2 milhões. Cerca de 30 pessoas teriam sido vítimas do pastor.

De acordo com a promotora, ficou claro durante a investigação por parte da Polícia Civil “que Péricles Cardoso de Melo, que era pastor da Igreja Assembleia de Deus em Mangabeira I desde o ano de 2018, utilizando-se de seu poder de convencimento, da fé religiosa e respeito que os fiéis que congregavam na Assembleia de Deus tinha por sua pessoa, começou a solicitar ajuda financeira dos fiéis para a compra e reforma de uma casa para a Igreja”.

“Essa prática já vinha ocorrendo pelo menos dois anos, mas ele pedia dinheiro emprestado, utilizava-se dos cartões de crédito dos fiéis, mas vinha fazendo os pagamentos de suas dívidas e assim foi adquirindo a confiança entre os fieis. Saliente-se que os “irmãos” da igreja não sabiam entre si desses pedidos de ajuda, pois tudo era feito em sigilo; Que o Pastor também se passava por um homem “muito bondoso”, ajudando financeiramente os fiéis da igreja, pagando contas deles com o seu dinheiro particular, mas, no entanto, ele utilizava o dinheiro que havia recebido dos congregados para fazer a “Obra” na Igreja”, diz o inquérito.

Para a promotora, seguindo o entendimento da Polícia Civil, há a necessidade da decretação da prisão preventiva do pastor “a fim de garantir a ordem pública, garantia de aplicação da lei penal e busca de novas provas para embasar as investigações necessárias”.

“Caso não seja decretada a prisão dos investigados, certamente não aguardarão, passivamente, uma futura condenação criminal, tendo, pois, motivos sobrados para empreender fuga e frustrar até mesmo seu futuro julgamento perante o Poder Judiciário”

O Ministério Público ainda solicitou, junto à Justiça, a autorização para o cumprimento de mandados de busca e apreensão que possam ajudar na investigação.

A informação foi inicialmente divulgada pelo Portal T5.