O Ministério Público da Paraíba (MPPB) recomendou a manutenção do arquivamento das investigações sobre o desaparecimento de Ana Sophia, ocorrido há dois anos no distrito de Roma, no município de Bananeiras. O parecer foi emitido nesta segunda-feira (21), após pedido da família da menina para que o caso fosse reaberto.
De acordo com o MPPB, não foram apresentados fatos novos que justifiquem a retomada das investigações e o inquérito aponta Tiago Fontes, já falecido, como único responsável pelo crime. A promotoria informou que todas as linhas investigativas possíveis foram exploradas durante o processo conduzido pela Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público.
A família da criança, no entanto, contesta o arquivamento. Os pais alegam que a investigação deixou lacunas, como a ausência de esclarecimentos sobre depoimentos que consideram importantes. A defesa afirma que há elementos que não foram devidamente analisados e que algumas testemunhas deveriam ser ouvidas novamente. Por conta do sigilo do inquérito, os advogados não detalharam quais seriam esses pontos.
Apesar do apelo dos familiares, o Ministério Público reforçou que o prazo legal para recorrer da decisão já havia expirado e que a ausência do corpo da vítima não configura, por si só, um elemento novo capaz de justificar a reabertura do caso.
A Polícia Civil também considera o caso encerrado. A investigação concluiu que Ana Sophia foi vítima de um crime premeditado, com motivação sexual. O trabalho contou com uso de recursos tecnológicos e apoio da Polícia Federal, além de produção de provas periciais e testemunhais. O relatório final da Polícia Civil foi acolhido pelo Ministério Público, que determinou o arquivamento.
Agora, caberá à Justiça decidir se o inquérito permanecerá arquivado ou se será reaberto, conforme solicitação dos familiares da menina. Enquanto isso, o caso segue sob sigilo.