O juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de João Pessoa, recebeu, na semana passada, a denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba contra Luiz Carlos Rodrigues dos Santos, preso em flagrante após matar Mayara Valéria Barros Ramalho Lemos Siqueira dentro do Mangabeira Shopping, no mês de janeiro.
A promotora Artemise Leal argumentou à Justiça que Luiz Carlos assassinou Mayara Valéria, de forma cruel, em razão de não ter obtido uma resposta sobre a vaga de emprego que o acusado buscava, o que caracteriza “futilidade do delito”.
“Dessume-se que o recurso utilizado para assassinar Mayara impossibilitou a sua defesa, que foi atacada de inopino, enquanto conversava com o acusado, sendo surpreendida pelos disparos de arma de fogo efetuados pelo irrogado, bem como, pelo fato de que, mesmo caída ao solo, sem chance de esboçar qualquer reação defensiva, o indigitado continuou a atirar contra a ofendida”, escreve a promotora.
Para o Ministério Público, há o agravante pelo modo em que o acusado agiu, já que o crime foi cometido na praça de alimentação de um dos maiores shoppings da cidade. Diante dessa situação, houve, segundo a ação, “a real possibilidade de o acusado alvejar outras pessoas durante as práticas criminosas”. A promotora pediu que Luiz Carlos seja levado a júri popular.