Uma mulher de 57 anos colocada em situação análoga à escravidão, foi resgatada durante uma operação conjunta da auditoria-fiscal do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), Polícia Federal (PF) e Defensoria Pública da União (DPU) em Campina Grande, no Agreste da Paraíba.
Ela teria sido vítima do crime durante 39 anos. A mulher foi encaminhada para a cidade de Cuité, onde morava.
No local de trabalho, ela passou a ter uma rotina de trabalho que iniciava às 7h e se estendia até meia-noite. Os patrões, que tornaram-se idosos, cuidavam de cerca de 100 cães. Além dos serviços da residência, a trabalhadora era obrigada a realizar a higienização de canis. Ela desenvolveu uma doença nas mãos em razão do intenso contato com produtos de limpeza.
Mesmo recebendo salário mensal, 13º e férias, ela não tinha direito ao descanso de 30 dias e não usufruía de descanso semanal remunerado. Ela nunca foi autorizada a ficar afastada por mais de quatro dias das atividades.
A equipe destacou que este foi o primeiro caso de resgate em trabalho doméstico na Paraíba. A operação foi possível em razão de uma denúncia realizada no Disque Direitos Humanos – Disque 100.
Com informações do BG