Na noite desta sexta-feira(07), parte do muro do Mosteiro de São Bento, localizado no Centro de João Pessoa, desabou. O local já estava isolado com chapas de zinco para evitar o fluxo de pedestres e carros, devido ao risco de desabamento.
Nenhuma pessoa ficou ferida após o ocorrido. Uma pessoa que estava próximo ao local, relatou que ouviu um estrondo muito grande, “a gente já imaginou que teria sido o muro, porque o risco estava muito grande, a sorte é que foi depois do Folia de Rua, que aconteceu por aqui”, disse.
O F5 teve acesso a uma nota emitida pela Arquidiocese da Paraíba; veja
A Arquidiocese da Paraíba vem a público reafirmar seu compromisso e responsabilidade com a conservação e restauração do patrimônio tombado sob sua tutela. Diversas intervenções foram realizadas ao longo dos últimos três anos, com projetos aprovados pelos órgãos fiscalizadores, pelo IPHAN e IPHAEP.
Em virtude das chuvas torrenciais que atingiram a Capital paraibana na primeira semana de fevereiro, no dia 07/02, a Defesa Civil, a SEINFRA e a SEMOB foram comunicados acerca do risco iminente do desabamento do muro do antigo Mosteiro beneditino, sugerindo-se a interdição da aérea, o que foi realizado pela SEINFRA.
Em seguida, uma inspeção técnica foi realizada nos imóveis sob nossa responsabilidade, constatando-se um aumento da fissura no muro lateral do Mosteiro de São Bento, no dia 18 de fevereiro. De posse desse laudo, deu-se início aos estudos para a realização de uma intervenção definitiva.
Na noite da última sexta-feira (07/03), por volta das 18h40, parte do muro lateral desabou, o que, de imediato, foi comunicado a superintendência do IPHAN-PB, do IPHAEP, da Defesa Civil, da SEINFRA e do secretário da Preservação, Revitalização e Inovação do Centro Histórico – Thiago Lucena, além dos técnicos em restauro que assessoram a Arquidiocese da Paraíba, que estiveram no local avaliando a situação.
Graças a Deus não houve uma tragédia com vítimas ou avaria a nenhum automóvel, em razão das ações preventivas tomadas em conjunto com as instituições envolvidas.
Ao mesmo tempo em que, se tomou a decisão de uma intervenção emergencial, orientada pela Defesa Civil, o IPHAN, o IPHAEP e a Arquidiocese, no sentido de que seja feito um muro de contenção e, sob a orientação do mesmos órgãos competentes, posteriormente, será elaborado um projeto de recomposição do muro.
Por fim, a Arquidiocese reafirma seu compromisso na defesa da vida do patrimônio histórico edificado.