João Pessoa 25.13ºC
Campina Grande 22.9ºC
Patos 21.95ºC
IBOVESPA 124645.58
Euro 5.5349
Dólar 5.1589
Peso 0.0059
Yuan 0.7121
Museu de Arte Popular da Paraíba sedia exposição sobre a Feira de Campina Grande
09/06/2022 / 09:50
Compartilhe:

O Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), localizado na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) recebe a exposição “A Feira de Campina Grande: poéticas e imaginários”.  A abertura acontece nesta quinta-feira (9), às 19h, com entrada gratuita.

Quem for ao MAPP poderá conferir, na Sala 1, o trabalho de artistas dos mais diversos segmentos e materiais. Além de esculturas e pinturas,  integram a coleção parte do acervo fotográfico de Machado Bittencourt, com stills do documentário “A Feira” (criado por ele, em parceria com Luiz Barroso), que serão mostrados pela primeira vez. Esta foi, inclusive, a estreia de Bittencourt na produção da sétima arte, em 1967.

Guariguazi de Lima Tavares (considerado “o escultor das cores”), Nevinha das Bonecas (e seus trabalhos em cerâmica terracota) e Fábio Smith (com seu esmero na modelagem em barro) são alguns dos artistas que igualmente figuram na Sala 1.

Já na Sala 2, a disposição do ambiente remete à um grande estúdio. Nele haverá a gravação de um podcast intitulado Rádio Difusora, que será gravado semanalmente, e do qual participarão músicos, cantadores e emboladores, perfazendo uma homenagem a esses trabalhadores, famosos por animarem os dias de pico da Feira. A Sala de Música também exibirá uma interface mapeada, oportunizando ao público a interação com o conteúdo digital disponível.

No mesmo local, haverá um espaço chamado “Talk” – palco aberto à participação dos artistas da música – bem como uma exposição de instrumentos musicais caros ao universo da Feira; e ainda uma espécie de retrospectiva, contemplando algumas das homenagens já feitas pelo MAPP, por exemplo, às ceguinhas de Campina Grande, a Duduta e Zé do Pife.

Cenário por excelência da performance dos bardos, a Feira sempre foi um local que fortaleceu a cadeia produtiva do cordel e, na Sala 3, através de uma seleção de documentos autênticos, realizada a partir da Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida (BORAA), o visitante encontrará uma enorme variedade de elementos que compõem a seara poética.

São folhas soltas, romances, folhetos, xilogravuras e matrizes de gênios da área, a exemplo de Manoel Camilo dos Santos, Alfrânio de Brito, Josafá de Oroz, José Alves Sobrinho, Ciro Fernandes, Antônio Lucena, Costa Leite, Apolônio Alves dos Santos, Marcelo Soares e Antônio da Mulatinha.

Além disso, será exibido um vídeo na Sala 3, tendo como mote o fazer cordelístico. O protagonista será aquele que foi um dos mais brilhantes poetas que a Rainha da Borborema já conheceu: Manoel Monteiro. Antônio da Mulatinha e ele, aliás, foram alguns dos que permaneceram com a venda de cordéis na Feira de Campina.