O Governo do Estado inaugurou, na noite desta sexta-feira (3), o Museu de História da Paraíba, instalado no Palácio da Redenção, no Centro da capital. O evento reuniu autoridades, artistas e a população em geral para celebrar a entrega de um novo espaço dedicado à preservação da memória e ao fortalecimento da identidade cultural paraibana.

A programação de abertura contou com apresentações artísticas, intervenções cênicas e visitas guiadas aos novos ambientes, que agora abrigam exposições permanentes e temporárias, espaços de educação, reserva técnica, setor de pesquisa e oficinas de conservação. O acesso ao museu será gratuito, com funcionamento de terça a domingo, e visitas escolares poderão ser agendadas previamente.

Reforma histórica

A transformação do Palácio da Redenção em museu foi viabilizada por meio de um investimento de aproximadamente R$ 11,5 milhões, executado pela Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan). O edifício, tombado pelo patrimônio histórico, passou por uma ampla restauração que incluiu a recuperação da fachada, esquadrias, portas, janelas, pisos e forros de madeira, além de adequações estruturais e instalações gerais.

As intervenções respeitaram as normas de museologia e preservação histórica, garantindo a integridade arquitetônica do prédio — um dos mais importantes do Centro Histórico de João Pessoa. Até 2024, as obras já estavam mais de 70 % concluídas, e em janeiro de 2025 o governador João Azevêdo anunciou que o projeto entrava na reta final, dentro do plano mais amplo de revitalização da área central da cidade.

Parte dos gabinetes e repartições que funcionavam no local foi transferida para outro prédio histórico nas imediações da Praça Pedro Américo, abrindo espaço para a nova estrutura museológica.

“Inclusão através da cultura”

Durante a solenidade, o governador destacou o caráter simbólico da entrega do museu, ressaltando que a abertura do espaço representa um ato de inclusão e valorização da história do povo paraibano.

“Isso aqui, na verdade, é inclusão do mais puro sentido. Me incomodava muito a cada lugar que eu chegava e perguntava se as pessoas conheciam o Palácio da Redenção e o povo não conhecia o Palácio da Redenção. Mas é difícil entender porque aqui é a nossa história, aqui está a nossa história. Então, ter esse ambiente fechado para acesso de poucos, isso me incomodava muito. Quando nós tomamos a decisão de transformar no museu, é para que verdadeiramente o nosso povo, os nossos estudantes, principalmente, possam visitar um espaço como esse, conhecer a nossa história e verdadeiramente entender todo o processo que nos trouxe até aqui. Então, é inclusão. É inclusão através da cultura. É fazer com que a nossa história seja esse elemento muito forte de ligação do cidadão para o seu estado, com seu lugar, com a sua terra”, afirmou.

A inauguração do Museu de História da Paraíba marca um novo capítulo na relação da população com um dos prédios mais emblemáticos do estado, integrando ações de preservação patrimonial com políticas públicas de cultura e educação.

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