Pelo menos 77 migrantes morreram depois que o barco em que viajavam naufragou ao largo da costa da Síria, disse o ministro da saúde da Síria na sexta-feira (23), no naufrágio mais mortal dos últimos anos para o Líbano, de onde o barco tinha partido.
O Líbano está se tornando cada vez mais um ponto de partida para barcos ilegais desde que uma grave crise econômica e financeira surgiu em 2019 no país, após décadas de má administração e corrupção por parte da classe dominante.
Segundo a imprensa da Síria, cerca de 150 pessoas, principalmente libaneses e sírios, estavam a bordo do pequeno barco, que se afundou na quinta-feira (22) ao largo da costa da cidade portuária de Tartous, no oeste da Síria.
“Setenta e sete pessoas morreram“, disse o Ministro da Saúde Hassan Al Ghubach à televisão síria do hospital Al-Basel em Tartous, onde 20 sobreviventes estão sendo detidos.
Cinco libaneses estavam entre os resgatados, disse anteriormente o Ministro dos Transportes libanês Ali Hamie à AFP.
Os refugiados palestinos do campo de Nahr el-bared, no norte do Líbano, também estão entre as vítimas, de acordo com os funcionários do campo.
As autoridades continuavam procurando por possíveis sobreviventes. “Estamos enfrentando uma de nossas maiores operações de resgate“, disse Sleiman Khalil, um funcionário do Ministério dos Transportes sírio, à AFP.
“Cobrimos uma ampla área que se estende a toda a costa síria”, acrescentou ele.
De acordo com o ministro da saúde sírio, a marinha russa estava envolvida nas operações de resgate.