A Nova Zelândia aprovou nesta terça-feira (13.12) uma lei que proíbe a venda de cigarros ou produtos derivados do tabaco para qualquer pessoa nascida a partir de 1º de janeiro de 2009. O objetivo é impedir que as gerações futuras tenham contato com o produto e faz parte de uma política do governo para tornar o país “livre do fumo” até 2025.
“Milhares de pessoas viverão vidas mais longas e saudáveis e o sistema de saúde economizará NZ$ 5 bilhões (R$ 17 bilhões) melhor por não precisar tratar as doenças causadas pelo fumo”, disse a ministra da Saúde, Ayesha Verrall, que apresentou o projeto de lei.
A taxa de tabagismo na Nova Zelândia já está em níveis historicamente baixos, com apenas 8% dos adultos fumando diariamente, segundo estatísticas do governo divulgadas em novembro — abaixo dos 9,4% do ano passado. Espera-se que a Lei de Ambientes Sem Fumo reduza esse número para menos de 5% até 2025, com o objetivo final de eliminar completamente a prática.
O projeto de lei também visa limitar o número de varejistas capazes de vender produtos de tabaco para 600 em todo o país — abaixo dos 6 mil atualmente — e reduzir os níveis de nicotina nos produtos para torná-los menos viciantes.
Os críticos do projeto de lei — incluindo o partido ACT, que detém 10 assentos no Parlamento — alertaram que a política poderia alimentar um mercado negro de produtos de tabaco e acabar com pequenas lojas.
“Ninguém quer ver as pessoas fumando, mas a realidade é que algumas vão, e essa proibição do “estado babá” dos trabalhistas vai causar problemas”, disse a vice-líder do ACT, Brooke van Velden.
Com informações da BBC News