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Novo presidente do TCU, Vital do Rêgo Filho afirma que ‘o país pode parar’ em relação a Previdência
03/01/2025 / 19:17
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Foto: Divulgação/TCU

O novo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, assumiu o cargo destacando desafios urgentes no cenário fiscal e previdenciário do Brasil. Em entrevista publicada na edição mais recente da Revista Veja, o ex-senador paraibano apontou preocupações com o crescimento do déficit da Previdência dos militares e criticou a perpetuação de renúncias fiscais que, segundo ele, não geram resultados sociais. Vital alertou que, sem reformas estruturais, o sistema previdenciário pode se tornar insustentável em até cinco anos.

“Do jeito que está, a Previdência será inviável em cinco anos. Se não mudar, talvez na próxima década não consigamos ter receita para pagar aos aposentados do Brasil”

Outro ponto destacado foi o papel educativo do TCU, que busca prevenir erros de gestores públicos antes de aplicar sanções. O ministro planeja realizar reuniões estaduais para capacitar prefeitos e funcionários municipais, promovendo uma gestão mais eficiente. Apesar disso, reiterou que, em casos de negligência, o tribunal continuará adotando medidas punitivas.

Sobre a crescente influência do Congresso no orçamento público, Vital demonstrou preocupação com o impacto das emendas parlamentares, que devem atingir R$ 50 bilhões em 2025. Ele enfatizou o risco de um colapso na máquina pública caso as reservas discricionárias do Executivo se esgotem.

“Não entro na questão da disputa do Orçamento porque isso é coisa da política, mas é importante dizer que governo e Congresso têm de ter cuidado com o risco de a máquina pública parar”

Vital também defendeu maior fiscalização sobre as bets (apostas esportivas), especialmente após casos em que beneficiários do Bolsa Família usaram os recursos para apostas. Ele considera o tema crucial para o Brasil, não apenas do ponto de vista fiscal, mas também pelos impactos sociais e de saúde pública.

Com uma gestão que busca equilibrar educação e rigor fiscal, o presidente do TCU reforçou a importância de decisões que preservem a sustentabilidade financeira do país e a transparência no uso dos recursos públicos.