O Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) anunciou que a economia brasileira gerou 147,4 mil empregos com carteira assinada em agosto de 2023. O número, embora positivo, representa uma queda de 38,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram criados aproximadamente 239 mil empregos formais.
Em agosto, o Brasil registrou 2,29 milhões de contratações e 2,09 milhões de demissões. Este resultado é o pior para o mês desde o início da série histórica em 2020. Analisando os dados dos últimos anos, em 2020, o país perdeu 214,6 mil vagas, enquanto em 2021 e 2022, foram criadas 387,8 mil e 288,9 mil vagas, respectivamente.
No acumulado do ano, de janeiro a agosto, o Brasil criou 1,5 milhão de empregos formais, uma queda de 13,8% em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram abertas 1,74 milhão de vagas. Este é o menor número de empregos gerados nos primeiros oito meses desde 2023, quando foram criadas 1,39 milhão de vagas. Ao final de agosto de 2023, o Brasil contava com 48,68 milhões de empregos com carteira assinada, um aumento em relação a julho de 2023 e agosto de 2022.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que quatro dos cinco setores da economia apresentaram crescimento no número de empregos. O setor de serviços foi o que mais contribuiu para essa geração de vagas, enquanto a agropecuária registrou perdas.
Em termos regionais, foram abertas vagas em quatro das cinco regiões do Brasil. O salário médio de admissão em agosto foi de R$ 2.295,01, um aumento real em relação a junho e ao mesmo mês do ano anterior.
É importante ressaltar que os dados do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, não incluindo os informais, o que impede comparações diretas com a taxa de desemprego divulgada pelo IBGE. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil foi de 5,6% no trimestre encerrado em julho, a menor desde o início da série histórica em 2012.