Devido a pandemia, uma grande parcela de brasileiros está bebendo mais cerveja em casa para passar o tempo. Porém, essa alta repentina na demanda acabou pegando os fabricantes de surpresa, criando um problema: falta de garrafas.
De acordo com o relatório do Banco Credit Suisse, assinado por Marcella Recchia e Henrique Rocha, em 29 de março, fornecedores de garrafas de vidro para indústria brasileira de cerveja terão restrições desse produto até 2023.
A produção nacional até cresceu entre 6% e 7% até o final de 2020, mas devido ao aumento na demanda, esse crescimento foi insuficiente. Em 2023, estima-se um novo incremento na produção, de 8% a 10%, o que deve normalizar o mercado. Enquanto isso não acontece, algumas marcas têm importado o produto ou adaptado a produção.
Segundo o estudo, as produtoras mais impactadas foram a Petrópolis e Heineken. A marca brasileira, foi a mais impactada, o que levou a empresa a desviar a produção para latas de alumínio, já a gigante holandesa administrou parcialmente o problema importando de 25% a 30% de suas necessidades de garrafas de vidro no ano passado a preços 40% acima dos domésticos.
A Ambev, líder do mercado brasileiro, não sofreu esse impacto de escassez de garrafas de vidro e acabou se beneficiando de sua própria produção, já que 44% dos recepientes foram produzidos pela companhia, além de contratos sólidos entre fornecedores.