O pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, Sérgio Moro, disse nesta quinta-feira (06), que tem como meta conseguir romper a polarização política no Brasil. “O país não pode se resumir a Lula e Bolsonaro. Nosso projeto é discutir com as pessoas o que elas querem para a nação. As pessoas estão iludidas de que pode ser apenas Lula ou Bolsonaro”, afirmou. Para Moro, é necessário ter uma conversa séria com os brasileiros e perguntar o que eles querem para o futuro do país.
Ainda sobre seu plano de governo, o ex-juiz afirmou que tem como prioridade erradicar a pobreza, acabar com a reeleição presidencial, recuperar a economia brasileira conseguindo de volta a credibilidade fiscal e combater a corrupção. Segundo Moro o Brasil não está fadado a ser uma nação corrupta pois pessoas que roubaram muito, pela primeira vez, foram julgadas e presas. “A lava-jato mudou a percepção que tínhamos de impunidade para quem cometia crimes nenhum país prospera baseado em corrupção”, disse. O presidenciável ainda concluiu dizendo que tem muito orgulho do que fez na operação lava-jato e que não se arrepende de nenhuma decisão que tomou.
Sobre Bolsonaro, Moro disse que a gestão do presidente não entregou o que prometeu como o combate a corrupção e o crescimento econômico. Para ele o próprio presidente “ressuscitou” o ex-presidente Lula por ter feito um mau governo. Já sobre o tempo que passou no Ministério da Justiça, ele disse que só aceitou o convite por acreditar em uma promessa, mas, que foi sabotado e não teve apoio no combate à corrupção. “A culpa é de muita gente, mas principalmente de Bolsonaro, ele queria que eu defendesse os filhos deles”, afirmou.
Moro ainda fez críticas ao Supremo Tribunal Federal afirmando que decisões do órgão, enfraqueceram o combate a corrupção.
O ex-juiz ainda afirmou que suas alianças políticas só serão montadas quando estiver com um plano de governo já pronto.