A popularização do investimento em criptomoedas tem sido responsável por mudanças nas relações de consumo. Diferentes estabelecimentos ao redor do mundo têm se adaptado para receber as moedas digitais como forma de pagamento.
Comprar roupas e sapatos, comer fora de casa, pagar a faculdade, viajar e realizar o sonho da casa própria. Tudo isso já é possível ser feito através das criptomoedas. Nos Estados Unidos e em países da Europa, a lista de empresas que aceitam os ativos digitais como forma de pagamento chega a 30 mil. No Brasil, o número era de quase mil até 2021, segundo dados da CoinMap.
McDonald’s, Centauro e Carrefour são alguns dos estabelecimentos que começaram a aceitar as transações com criptomoedas no Brasil. No caso do supermercado, as unidades localizadas nas cidades de São Paulo, Barueri, Osasco, Ribeirão Preto e Tamboré foram as primeiras a receber caixas eletrônicos de moedas digitais. Posteriormente, a iniciativa foi levada para as cidades de Curitiba, Porto Alegre, Recife, São José do Rio Preto e Sorocaba.
Mas não são apenas as gigantes do mercado que se atentaram para o maior interesse dos investidores por esse tipo de ativo. Em São Paulo, o estúdio de tatuagem Wayne Tattoo e a clínica veterinária Prevet começaram a aceitar o Bitcoin em 2013. Seis anos depois, em 2019, foi a vez da Gelato Boutique se adaptar.
Em Brasília, o Nobile Plaza Hotel também oferece a opção aos hóspedes desde 2017. Já o mercado imobiliário do Rio Grande do Sul foi pioneiro no país ao usar criptomoedas para a compra de imóveis.
A cidade do Rio de Janeiro inovou ao anunciar que aceitaria criptomoedas como forma de pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) a partir de 2023. Para isso, a prefeitura contratou empresas especializadas na conversão dos ativos em dinheiro físico.
A novidade foi anunciada pelo prefeito Eduardo Paes durante o evento Criptoatividade Carioca, realizado em 2022. Na ocasião, ele informou que a proposta era mostrar o reconhecimento do mercado de moedas digitais.
A iniciativa dos estabelecimentos de oferecerem a opção de pagamento com criptomoedas ocorre simultaneamente ao maior interesse das pessoas em investir. Estudo realizado pelo Coin Journal identificou que, só nos Estados Unidos, há mais de 46 milhões de investidores que compram em site de criptomoedas que rendem bons lucros..
No mesmo ranking, o Brasil aparece na sexta posição, com um total de 16 milhões, o que corresponde a 7,75% da população. À frente do país estão Vietnã, Paquistão, Nigéria e África do Sul, nesta ordem.
As criptomoedas são investimentos de renda variável altamente voláteis, o que significa que podem sofrer grandes oscilações de preço, permitindo tanto uma supervalorização, quanto uma perda financeira acentuada.
Por isso, são recomendadas para investidores com perfil arrojado, que priorizam a oportunidade de um maior retorno financeiro em relação à segurança da operação. Para garantir um retorno positivo, é necessário adotar uma estratégia de investimento que minimize as possibilidades de perda como, por exemplo, a diversificação da carteira.
A diversificação da carteira de investimentos consiste na alocação de recursos em diferentes produtos financeiros e categorias. No caso das criptomoedas, a orientação é direcionar uma parte do dinheiro em moedas consideradas mais consolidadas, como Bitcoin e Ethereum, e outra parte em apostas promissoras do mercado, seguindo uma carteira recomendada.
No entanto, até mesmo os investidores arrojados devem distribuir os recursos em outros tipos de ativos, tanto de renda variável, quanto de renda fixa. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o ideal é estudar as características dos produtos financeiros para avaliar quais estão mais alinhados com os interesses do investidor.