O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, determinou nesta segunda-feira (30.01) que a Covid-19 continua a ser uma emergência de saúde pública de interesse internacional, nível de alerta máximo da organização. A declaração vem após orientação do Comitê de Emergência de Regulamentos Sanitários Internacionais sobre a Covid-19, que se reuniu na última sexta-feira.
“Há três anos, declarei uma emergência de saúde pública de preocupação internacional devido à disseminação global da Covid-19, o nível mais alto de alerta sob o Regulamento Sanitário Internacional e, no momento, o único nível de alerta. Como vocês sabem, na sexta-feira o Comitê de Emergência se reuniu para considerar se esse continua sendo o caso. O comitê me informou que, na visão deles, a Covid-19 continua sendo uma emergência de saúde global, e eu concordo”, disse o diretor-geral durante a reunião do Conselho Executivo da OMS.
A autoridade esclarece que, embora o cenário epidemiológico esteja de fato em uma posição melhor que a observada há um ano, durante o pico da variante Ômicron, o mundo registrou mais de 170 mil mortes pela Covid-19 nos últimos dois meses, um ritmo ainda elevado em comparação com outras doenças infecciosas respiratórias.
O comitê e a OMS pedem que os países continuem vigilantes e relatando à OMS dados da doença e de sequenciamento genômico, bem como que busquem a cobertura vacinal de 100% dos grupos prioritários com todas as doses de reforço indicadas, além de manter uma comunicação regular sobre riscos da Covid-19.
“(Os membros do comitê) reconheceram que a fadiga pandêmica e a redução da percepção pública de risco levaram a uma redução drástica no uso de medidas sociais e de saúde pública, como máscaras e distanciamento social. A hesitação em vacinar e a disseminação contínua de desinformação continuam a ser obstáculos extras para a implementação de intervenções cruciais de saúde pública”, diz nota da OMS sobre a manutenção do status.
F5 com informações do jornal O Globo