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Operação Calvário: Ex-governador vira réu por lavagem de dinheiro, na PB
22/01/2022 / 08:30
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O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PT) e mais sete pessoas viraram réus nesta quinta-feira (20), em mais uma denúncia no âmbito da Operação Calvário, após pedido formulado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em setembro do ano passado. Os investigados são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Ricardo Coutinho, mas até a publicação desta matéria, não obteve respostas. As defesas dos outros denunciados não foram localizadas.

O juiz da 2ª Vara Criminal de João Pessoa Marcial Henrique Ferraz da Cruz recebeu nesta quinta a nova denúncia, que também teve como alvos da denúncia quatro irmãos do ex-gestor, Coriolano Coutinho, Viviane Coutinho, Valéria Coutinho e Raquel Vieira Coutinho.

Outras três pessoas, todas da mesma família, Denise Krummenauer Pahim, Breno Dornelles Pahim Filho e Breno Dornelles Pahim Neto, também foram denunciados.

De acordo com a denúncia, a união das famílias Coutinho e Pahim teria resultado na criação de empresas beneficiadas economicamente durante as gestões do ex-governador.

A decisão acontece depois de adiamentos devido a pedidos de magistrados que se ‘averbaram suspeitos ‘ para analisar a denúncia apresentada pelo Gaeco do Ministério Público. Na lista dos que declinaram estão Shirley Abrantes, Antônio Maroja, Ana Carolina Cantalice, da 6ª Vara Criminal, e Geraldo Emílio Porto, da 7ª Vara Criminal. Todos se declararam suspeitos e alegaram razões de foro íntimo.

O Ministério Público pediu a aplicação da perda de cargo, emprego, função pública ou mandato eletivo dos denunciados, além da devolução de R$ 3,37 milhões a título de reparação de danos morais e materiais.

A denúncia envolve a suposta criação de sociedades empresariais e modificações dos seus respectivos contratos sociais pela organização criminosa visando à ocultação e à dissimulação dos valores provenientes de infrações penais antecedentes.

No suposto esquema, estariam envolvidos um empreendimento imobiliário, empresas, a compra de um apartamento em Fortaleza, capital do Ceará, investimentos em uma fazenda no município de Bananeiras, aquisição de bovinos, caprinos, equinos e ovinos, conforme o documento do MP.

Informações: G1