Uma delegada da Polícia Civil da Paraíba e um escrivão foram presos nesta quinta-feira (22) durante a deflagração da ‘Operação Cara de Pau’, que reúne esforços do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (Ncap), órgãos do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
De acordo com a denúncia, a delegada Maria Solidade de Sousa e o escrivão estavam exigindo dinheiro de um agente da Polícia Rodoviária Federal, em troca de beneficiá-lo em um procedimento policial que apurava um ato cometido pelo servidor público federal.
A denúncia foi feita pelo próprio agente da PRF que estava sendo extorquido.
De acordo com o MPPB, o valor total exigido foi de R$ 5 mil. Parte desse dinheiro chegou a ser pago à delegada e ao escrivão e, com autorização judicial, o Ncap e o Gaeco monitoraram o segundo pagamento, prendendo os acusados em flagrante.
Os dois investigados foram presos em Alagoa Grande, Agreste do estado, e levados para a Central de Polícia em Guarabira, onde aguardam audiência de custódia.
Segundo informações divulgadas pelo MPPB, foram cumpridos dois mandados de prisão e três de busca e apreensão. Durante a operação, uma quantia em dinheiro também foi apreendida.
De acordo com o Ministério Público da Paraíba, o nome da operação “Cara de Pau” foi em “alusão ao atrevimento dos dois acusados de cometerem um ato de concussão dentro de uma delegacia, achando que não responderiam pela conduta.”
O crime de concussão está previsto no Artigo 316 do Código Penal, como o ato de exigir vantagem indevida, na qualidade de servidor público.
Em 2016, a delegada Maria Solidade de Sousa foi alvo de investigações, sob acusação de desviar valores provenientes do pagamento de fianças.
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