Não há nada como a renda fixa – que o digam os investidores dos fundos de ações, que estão batendo em retirada para se aconchegar no calorzinho dos juros altos. Dados da Anbima (a associação das empresas do mercado de capitais) mostram que os saques desses fundos se intensificaram entre setembro e novembro, zerando o saldo do ano. Se a tendência de resgates persistir em dezembro, será a primeira vez desde 2016 que eles vão fechar no negativo.
Nas três primeiras semanas de novembro (até o fechamento desta edição), os os saques superavam os depósitos em R$ 4,99 bilhões, colocando a marca do ano em -R$ 583 milhões. Era o esperado. No acumulado do ano, o prejuízo médio dos fundos de ações supera os 10%. No Ibovespa, o índice que contabiliza as empresas mais relevantes da bolsa e baliza parte desses fundos a perda está na faixa de 15%. E os fundos que têm como objetivo investir em ações de crescimento – de empresas com mais potencial de valorização, eventualmente de fora do Ibovespa – apresentam um desempenho ainda pior: -18%.
VOCÊ S/A ABRIL