A Justiça do Rio de Janeiro condenou Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, por ajudar os assassinos da vereadora Marielle Franco a destruir o carro usado no crime.
Orelha foi condenado a cinco anos de prisão no regime semiaberto pelo crime de obstrução de investigações envolvendo organização criminosa.
“A destruição do carro embaraçou as investigações daqueles homicídios, impossibilitando a realização de perícia criminal no veículo e, assim, contribuindo para que os executores dos crimes somente se tornassem suspeitos de seu cometimento quase um ano após a ocorrência das infrações”, afirmou o juiz Renan de Freitas Ongaratto.
Dono de um ferro-velho, Orelha foi a quem Ronnie Lessa, o ex-PM Élcio Queiroz e o ex-bombeiro Suel recorreram para desmanchar o carro envolvido no crime, ocorrido em 14 de março de 2018.
O assassino de Marielle, Ronnie Lessa, afirmou em delação que Orelha “percebeu” a relação do veículo com o assassinato da vereadora carioca.
“Ele (Orelha) até percebeu e perguntou: ‘esse carro…’. Eu falei: ‘não, parece por isso que a gente quer jogar fora’ – eu disse para ele –, ‘mas não é’”, relatou Lessa em depoimento.
“‘É igualzinho esse carro que está dando problema. Some com esse carro, por favor”, pediu Lessa a Orelha, segundo a delação.
Orelha foi preso em fevereiro deste ano. Segundo Lessa, o dono do ferro-velho tinha “talento” para o desmanche de veículos.
O carro foi desmanchado já no dia seguinte ao crime, ocorrido em 14 de março de 2018, segundo Lessa.
Com CNN