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Padre Egídio foi mandante do furto de R$ 500 mil em celulares, aponta MPPB
17/10/2023 / 15:40
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Uma denúncia apresentada ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) desencadeou a operação “Indignus”, revelando detalhes sobre como o padre Egídio de Carvalho liderou um esquema de desvio de dinheiro no Hospital Padre Zé ao longo de 12 anos. O documento, que foi minuciosamente analisado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e expõe uma série de delitos, incluindo o furto de celulares doados pela Receita Federal ao hospital.

Conforme a denúncia, o furto de celulares aconteceu a mando do padre Egídio. Samuel Rodrigues Cunha, ex-funcionário do hospital, é investigado pelo crime denunciado pelo próprio religioso. Samuel chegou a ser preso e foi demitido por justa causa no início de setembro deste ano.

 

A denúncia detalha que o próprio padre arquitetou o crime, afirmando: “O roubo foi feito a mando dele, de celulares e perfumes, para custear as despesas de aquisição de um novo imóvel e a reforma de um novo apartamento de luxo adquirido. Quando tomou conhecimento da proporção que tomou dentro da empresa, de comentários por todos os funcionários, por ser uma carga de alto, teve que abrir um inquérito. Sua família [do padre Egídio] tem lojas em uma cidade do interior de Pernambuco, onde pode ter sido levada a carga.”

Os celulares furtados, que totalizavam cerca de R$ 500 mil em valor, eram originalmente destinados a serem vendidos em feiras beneficentes, com os recursos revertidos para o Hospital Padre Zé. Na época em que o caso foi denunciado, a então diretora administrativa do hospital, Jannyne Dantas, relatou ter encaminhado à Polícia Civil uma lista com mais de 100 celulares, estimados em R$ 525.877,77.

No decorrer da investigação, telefones celulares provenientes do furto foram recuperados, e a confirmação ocorreu por meio de depoimentos dos compradores dos dispositivos, que detalharam o processo de negociação.