O padre Júlio Lancellotti, liderança religiosa que tem forte atuação na região da Cracolândia, em São Paulo, se tornou alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) por parte dos vereadores da capital paulista.

É que uma proposta de instalação da CPI das ONGS foi apresentada pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil) e tem como enfoque investigar organizações não governamentais e ações de assistência social realizadas junto às pessoas em situação de rua e dependentes químicos. A decisão dos parlamentares, no entanto, não foi bem recebida pelos internautas (reações ao fim da matéria)

Figura notadamente reconhecida por atuar na assistência social, o Padre Júlio Lancellotti informou que não está vinculado a uma ONG, mas sim às ações da Pastoral de Rua, uma iniciativa da Arquidiocese de São Paulo.

Em resposta às acusações, o líder religioso afirmou em seu perfil nas redes sociais que a Pastoral de Rua não possui convênio com a Prefeitura de São Paulo, e que suas atividades não se alinham aos objetivos propostos para a CPI.

As polêmicas declarações do vereador Rubinho Nunes, associando Padre Júlio a uma suposta “máfia da miséria” e utilizando uma caricatura ofensiva em suas redes sociais, causaram uma onda de apoio ao religioso. Nas redes sociais, internautas expressaram solidariedade ao padre e repudiaram as acusações, ressaltando sua dedicação de décadas em prol da população em situação de rua em São Paulo