João Pessoa 26.13ºC
Campina Grande 24.9ºC
Patos 31.93ºC
IBOVESPA 150704.2
Euro 6,35
Dólar 5,47
Yuan 0,76
Pai confessa ter matado filho autista em João Pessoa para não pagar pensão, diz Polícia Civil
04/11/2025 / 17:20
Compartilhe:
Pai viaja de Santa Catarina a João Pessoa e mata filho autista para não pagar pensão, diz polícia – Foto: TV Cabo Branco

O pai de um menino autista e com deficiência visual de 11 anos confessou à Polícia Civil que matou o próprio filho por não querer mais pagar pensão alimentícia. O crime ocorreu em João Pessoa, e o corpo da criança, identificado como Arthur Davi Piazza Pinto, foi encontrado em um terreno baldio no bairro Colinas do Sul.

De acordo com o delegado Bruno Germano, da Polícia Civil da Paraíba, o suspeito Davi Piazza Pinto viajou de Florianópolis (SC) até a capital paraibana com o objetivo de matar o filho. Em depoimento prestado à Polícia Civil de Santa Catarina, ele afirmou que estava endividado e que pagava mensalmente cerca de R$ 1.800 de pensão alimentícia.

“Segundo ele, estava apertado financeiramente, pagava religiosamente todo mês, em torno de 1.800 reais de pensão, e decidiu vir pra cá pra matar a criança, pra se livrar dessa dívida. Segundo ele, né? Uma motivação totalmente fútil”, afirmou o delegado à rádio CBN João Pessoa”, afirmou o delegado à CBN João Pessoa.

O laudo do Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmou que a causa da morte foi asfixia. Após o crime, o homem teria colocado o corpo do filho em um saco plástico e o enterrado na área de mata. A Polícia investiga ainda se ele usou um carro de aplicativo para transportar o corpo.

“Não passava pela minha cabeça o que ia acontecer”, diz mãe

A mãe do menino, Aline Lorena, relatou à TV Cabo Branco que havia preparado toda a estadia do filho com o pai, acreditando que o reencontro poderia reaproximá-los.

“Deixei tudo certo. Deixei o menino alimentado, dei banho, ainda quis ficar mais um tempo, mas ele [o pai da criança] falou: ‘não, pode ir que eu cuido, eu preciso conviver’. Não passava pela minha cabeça o que ia acontecer. Não tem justificativa. O Arthur foi uma criança incrível, nasceu de 5 meses, 800 gramas. A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora”, disse.

O sepultamento foi realizado nesta segunda-feira (3/11) no Cemitério do Cristo Redentor, em João Pessoa.