Cássio Maurílio, pai da menina que morreu após inalar desodorante ao participar de um desafio viral, responsabilizou as plataformas digitais pela tragédia e defendeu a regulamentação da internet no Brasil. Em entrevista ao UOL, ele classificou a web como uma “terra livre e sem leis” e alertou sobre os perigos que ameaçam crianças e adolescentes dentro de casa, por meio dos celulares.
“Antes, a insegurança dos nossos filhos era quando eles iam para a rua. Hoje, a insegurança está dentro de casa, no celular”, afirmou. Segundo Cássio, o desafio teria se espalhado principalmente pelo TikTok, que, na visão dele, contribuiu diretamente para a morte da filha ao permitir a divulgação do conteúdo.
“Por trás do autor, que publicou o vídeo, tem o coautor, que é a plataforma que está deixando a pessoa mostrar o vídeo explicitamente para quem ela quiser. Não é só um culpado”, declarou, ao defender medidas mais rígidas para controlar o que é publicado e compartilhado nas redes.
O caso reacende o debate sobre a necessidade de regulamentação das mídias digitais no país, especialmente no que diz respeito à proteção de menores de idade diante de conteúdos perigosos e de fácil acesso.