Figura importante na frente ampla de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, muito se especula sobre qual será o cargo desempenhado pela senadora Simone Tebet (MDB) na gestão do petista que se inicia em 2023. Terceira mais votada na disputa presidencial, Tebet abraçou a candidatura de Lula e teve participação ativa nos eventos de campanha às vésperas da eleição.
Segundo o jornal O Globo, apesar da senadora vir demonstrando interesse pela área social, articuladores do PT resistem à ideia de ela assumir o Ministério do Desenvolvimento Social. A avaliação é que, ao comandar a pasta de orçamento bilionário responsável pelo Bolsa Família, Tebet teria condições para criar conexões com a população de baixa renda e, assim, elevar o seu capital político para 2026, ano que Lula não deve disputar a reeleição. O ex-prefeito Fernando Haddad e o governador da Bahia, Rui Costa, são citados por aliados como possíveis candidatos a presidente apoiados por Lula no próximo pleito.
Em torno de um consenso, Tebet já foi cogitada para assumir as pastas da Agricultura, Educação e Meio Ambiente. As duas primeiras não são de seu interesse. Com relação à terceira, interlocutores da senadora acreditam que a ideia perde força com a criação da Autoridade Climática, vaga que pode ser ocupada pela deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), que já é referência na área.
No entendimento de alguns petistas, porém, Tebet terá o ministério que desejar porque, diante do cenário político tenso, não podem haver deserções na frente ampla criada no segundo turno da eleição. A possibilidade de o próprio Lula, ao fim do seu governo, decidir por apoio a Tebet na disputa presidencial não é descartada nesse grupo.
F5 com informações do jornal O Globo