“Conseguimos! Depois de um exaustivo trabalho, aprovamos a reforma tributária, que vai deixar o sistema mais simples e menos burocrático. E com uma ‘trava’, que é um teto para impedir o aumento do imposto para o cidadão comum”, celebrou o líder do União Brasil, senador Efraim Filho (PB), ao término da votação do texto-base na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no final da tarde desta terça-feira (7), depois de 8 horas de debate. O texto, que simplifica as regras de impostos, seguiu para votação no plenário do Senado, onde foi aprovado em dois turnos
No total, foram apresentadas 802 emendas ao texto que veio da Câmara. Mais de 250 foram acatadas pelo relator da matéria, senador Eduardo Braga (MDB-AM). Muitas delas foram sugestões do grupo de trabalho (GT) da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Coordenado por Efraim, o GT promoveu 7 audiências públicas e recebeu diversos representantes do setor produtivo nacional. Ao final, o relatório da CAE foi encaminhado para Braga, que acatou diversas emendas.
Novidades
Entre as mudanças aprovadas pelo relator Eduardo Braga está a inclusão de um “cashback” (dinheiro de volta) obrigatório — ou seja, a devolução do imposto pago pelo consumidor — para famílias de baixa renda na compra do gás de botijão e sobre a conta de luz.
Outra novidade é a criação do Imposto Seletivo sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como bebidas alcoólicas e cigarros, com o objetivo de desestimular o consumo desse tipo de produto.
Sem aumento de imposto
O líder Efraim Filho fez questão de pontuar que “o Congresso Nacional jamais aceitaria votar uma PEC que onere o cidadão por meio de mais impostos”. Ao longo deste ano, marcado profundamente pela discussão da reforma tributária, Efraim disse inúmeras vezes que a reforma precisava ser feita “sob o olhar de quem produz e de quem paga impostos”.
O parlamentar paraibano participou ativamente do processo de debate da reforma. Tanto que, no balanço geral, a Paraíba foi o estado que teve o maior número de emendas aprovadas: foram 29, sendo mais de 20 delas de autoria de Efraim Filho.
Volta à Câmara
Por ter sofrido diversas modificações no Senado, a PEC volta à Câmara dos Deputados. Mas o governo trabalha para que a reforma tributária possa ir à sanção ainda este ano.