Um estudo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os segundos trimestres de 2019 e 2022, mostra que a Paraíba é o terceiro Estado no ranking na região Nordeste a ter mais mulheres e homens negros em condição de trabalho desprotegido, que é aquela sem carteira assinada e autônomos que não contribuem com a Previdência Social. A Paraíba só perde para o Maranhão e Piauí.
Conforme os dados, a ocupação por mulheres negras na Paraíba em postos considerados desprotegidos é de 61,9%. As não negras esse índice é de 53,3%. Já entre os homens negros, 58,6% estão desempenhando atividades de trabalho de maneira desprotegida, enquanto que não negros, são 54,1%.
A proporção de negros na Paraíba é de 68,1%, segundo o IBGE.
A maior diferença foi apontada no Maranhão, com 67% das mulheres da raça negra empregadas de forma desprotegia. Entre as mulheres não negras esse índice cai para 59,2%.
Os negros homens correspondem a 68,5% trabalhando sem carteira assinada ou que não contribuem com a Previdência Social. Os não negros são 61,9%.
O segundo estado com mais mulheres negras em postos de trabalhos desprotegidos está o Piauí. O índice é de 66,5%, enquanto que as não se declaram negras ocupam 56,1%.
Entre os homens, 63,5% dos homens negros têm trabalho desprotegidos, e os não negros são 59,8%.