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Pentágono confirma plano para caso Maduro saia do poder
02/12/2025 / 15:25
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Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela. — Foto: AFP

O Pentágono confirmou nesta terça-feira (2), que o governo Trump tem um plano de contingência caso o presidente venezuelano Nicolás Maduro deixe o cargo. A porta-voz do Departamento de Defesa, Kingsley Wilson, declarou que existe “uma resposta planejada e pronta” para essa situação, sem revelar detalhes adicionais.

Essa afirmação foi feita no contexto das operações militares que os Estados Unidos realizam desde setembro no mar do Caribe, próximas à costa venezuelana, com o objetivo declarado de combater o narcotráfico. A ação resultou em ataques a embarcações suspeitas de transportar drogas para os EUA, causando a morte de mais de 80 pessoas, segundo informações do governo americano.

Apesar da justificativa oficial de combater o narcotráfico, a operação gerou dúvidas sobre uma possível intenção dos EUA de derrubar o governo de Maduro. A porta-voz Wilson afirmou que o foco está em “derrubar os narcoterroristas” e proteger a população americana, ressaltando apoio ao presidente Trump e à prontidão para agir conforme as necessidades.

Na segunda-feira, a agência Reuters informou, com base em fontes do governo americano, que Maduro não cumpriu o ultimato dado pelo presidente Trump para deixar o país até a última sexta-feira (28), levando o governo americano a fechar o espaço aéreo venezuelano.

Negociação entre Trump e Maduro

Segundo a Reuters, em uma ligação telefônica realizada em 21 de novembro, Maduro solicitou anistia legal para si e familiares, o fim das sanções e o encerramento de processos internacionais, bem como a retirada de sanções a vários funcionários do governo venezuelano. Trump rejeitou a maior parte dos pedidos e estipulou o prazo para saída do presidente venezuelano.

Na sequência, houve mobilização militar dos EUA no Caribe, com a destruição de mais de 20 embarcações, conforme informado pelas autoridades.

Contexto político e posição dos EUA

Os Estados Unidos não reconhecem Maduro como presidente legítimo da Venezuela desde as eleições de 2024, consideradas fraudulentas por Washington e aliados. Maduro mantém o poder desde 2013 e reitera sua lealdade ao povo venezuelano.

Além disso, os EUA aumentaram a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões, e para outros altos funcionários venezuelanos, como Diosdado Cabello, o valor é de US$ 25 milhões.

O presidente Trump se reuniu com assessores de segurança nacional para discutir a situação na Venezuela, mas não divulgou detalhes das tratativas. Autoridades americanas indicam que as opções para a saída de Maduro estão se esgotando, embora discussões internas sobre possíveis acordos ainda ocorram.