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Pesquisadores da Paraíba usam inteligência artificial para detecção de secas-relâmpagos no Brasil
03/07/2024 / 13:48
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Estudo liderado por Humberto Barbosa indica que, nas próximas décadas, os fenômenos serão mais extremos na Bacia do Rio São Francisco – Foto: Arquivo/Agência Brasil

Pesquisadores liderados pelo professor Humberto Barbosa, do Programa de Pós-graduação em Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), desenvolveram um modelo com base na Inteligência Artificial para detecção de secas-relâmpago no Brasil.

O objetivo, segundo o grupo, é contribuir com a compreensão sobre secas repentinas, oferecendo, entre outras informações, dados para uma melhor gestão dos recursos hídricos.

Um artigo científico sobre o estudo, intitulado “Aprendizado profundo para detecção de secas-relâmpago: um estudo de caso no Nordeste do Brasil“, foi publicado no periódico internacional Atmosphere.

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Com base em Inteligência Artificial, mais precisamente em Deep Learning, nós encontramos resultados promissores para o monitoramento regional das secas-relâmpago. No contexto da mudança climática, o monitoramento adequado desse tipo de evento climático extremo é fundamental para aprimorar a gestão dos recursos hídricos e minimizar as perdas na produção agrícola”, explica o pesquisador Humberto Barbosa.

Os dados coletados demonstram que, nas próximas décadas, as secas-relâmpago serão mais extremas na Bacia do Rio São Francisco, devido às consequências do aquecimento global.

Isso impõe desafios significativos à gestão dos recursos hídricos em toda a região Nordeste, além da redução na produtividade da agricultura e da deterioração dos ecossistemas nessas áreas”, pontua.

A pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde Humberto é professor.

Segundo a UFCG, a pesquisa é a primeira que utiliza ferramentas de Inteligência Artificial para detecção de secas-relâmpago no semiárido brasileiro.

O estudo contou ainda com infraestrutura computacional do European Weather Cloud (EWC), a partir de uma cooperação bilateral do Lapis com a University of Cologne, na Alemanha. O artigo foi publicado em parceria com pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), sediado em Campina Grande, e da Jawaharlal Nehru University, em Nova Delhi, Índia.