A Petrobras anunciou uma nova queda no preço do diesel A vendido às distribuidoras. A partir desta terça-feira (6/5), o valor médio passará de R$ 3,43 para R$ 3,27 por litro, representando uma redução de R$ 0,16. Esta é a terceira revisão para baixo no valor do combustível em 2025.

Com a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel na composição do diesel B — aquele que chega às bombas dos postos — a estatal calcula que sua participação no preço ao consumidor final será de R$ 2,81 por litro, o que representa uma diminuição de R$ 0,14.

A queda acompanha o cenário internacional, onde o preço do petróleo tem sofrido recuos, influenciado por fatores como a desaceleração da demanda global e tensões comerciais. A Petrobras já havia anunciado outras duas reduções neste ano, em 31 de março e 17 de abril.

Desde dezembro de 2022, o diesel fornecido pela empresa às distribuidoras acumula recuo de R$ 1,22 por litro — uma redução de 27,2%. Quando considerada a inflação do período, a queda real chega a R$ 1,75, ou 34,9%.

Os preços da gasolina e do gás de cozinha, por enquanto, seguem inalterados.

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Impacto no consumidor e na economia

O valor do diesel nas bombas inclui, além do preço cobrado pela Petrobras, os impostos federais (PIS e Cofins), o imposto estadual (ICMS), o custo do biodiesel e as margens de distribuição e revenda. Como o diesel é o principal combustível utilizado no transporte de cargas, sua variação tem impacto direto na inflação — especialmente sobre os alimentos, cujo transporte depende fortemente dos caminhões.

Especialistas explicam que o peso do diesel nos preços varia conforme o tipo de produto. Itens da cesta básica, por exemplo, tendem a sentir mais os efeitos de flutuações no combustível do que bens duráveis, como eletrônicos e automóveis.