As festas de final de ano sempre vêm regadas a alimentos perigosos para os pets. O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-PB) alerta que é preciso uma atenção especial para impedir a ingestão de itens que podem provocar problemas de saúde e até levar a morte gatos e cachorros. Em caso de acidentes, recomenda levar o bichinho com urgência para atendimento veterinário.
O médico veterinário José Augusto afirma que os tutores precisam estar em alerta porque a mesa está farta para as ceias de final de ano e Réveillon e os pets não podem comer todos os tipos de alimentos que nós humanos consumimos. Ele relatou que é comum o aumento do número de casos de animais que chegam até a clínica com problemas devido à ingestão de alimentos proibidos.
“Nesta época do ano, o chocolate é o carro chefe das intoxicações alimentares causadas em pets”, disse, alertando que dependendo da quantidade, do tempo de ingestão e a demora para o socorro, o animal pode morrer. Também são alimentos que não fazem bem para os pets: uva-passa, xilitol, café, cebola, alho, álcool, sementes, entre outros.
Conforme destacou o veterinário, neste período, sempre vai existir algum parente que quer agradar, quer dar um petisco, um pedacinho de bolo ou panetone para o pet. “Devemos fornecer para os nossos pets apenas os alimentos que são recomendados e evitar que eles tenham acesso aos alimentos da nossa ceia Natalina e Réveillon”, orientou.
Além do chocolate, José Augusto lembrou que na ceia existem alimentos extremamente gordurosos, como alguns tipos de carnes, que podem causar indigestão, gastroenterites, diarreias e vômitos. “Em algumas situações específicas, o excesso de gordura pode causar pancreatite, que é a inflamação do pâncreas, órgão responsável por parte da digestão”, explicou.
A ingestão de alimentos indevidos pode causar desde o empanzinamento (que pode ser aliviado com o animal em repouso), a algumas situações mais graves em que o animal irá sentir desconforto abdominal severo, vai apresentar vômito e diarreia. Nestes casos específicos, o veterinário orienta levar o paciente o mais rápido possível para uma clínica mais próxima para atendimento de urgência.