João Pessoa 30.13ºC
Campina Grande 27.9ºC
Patos 33.87ºC
IBOVESPA 156585.71
Euro 6,35
Dólar 5,47
Yuan 0,76
Plano de trabalho do Antes Que Aconteça é assinado no MPPB com R$ 2 milhões para ações de prevenção à violência contra a mulher
18/11/2025 / 11:13
Compartilhe:
The current image has no alternative text. The file name is: whatsapp-image-2025-11-18-at-11-11-51

O Programa Antes Que Aconteça, iniciativa pioneira de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher, foi oficialmente implementado no âmbito do Ministério Público da Paraíba (MPPB) durante cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira (17), no auditório da instituição, no centro de João Pessoa. Durante o evento foi assinada a versão final do plano de trabalho, que será executado pelo MPPB, e anunciada uma emenda parlamentar de R$ 2 milhões, destinada pela senadora Daniella Ribeiro (PP) para financiar as ações previstas no documento.

Idealizado pela parlamentar e coordenado na Paraíba por Camila Mariz, o programa passou a funcionar oficialmente no MPPB com a formalização do Plano de Trabalho, que prevê ações de prevenção, fortalecimento da rede de apoio, capacitação, articulação institucional e criação de espaços específicos de acolhimento.

A senadora Daniella Ribeiro destacou que a Paraíba se consolida como referência nacional na implementação do projeto. Ela afirmou que “o estado dá um passo concreto para salvar vidas. O Antes Que Aconteça existe para agir antes do silêncio definitivo. Prevenção é compromisso, é coragem e é política pública eficaz”.

Plano de trabalho apresentado

Com a assinatura do plano, o MPPB passa a executar uma série de ações estruturantes, como a criação dos Núcleos de Assistência Humanizada à Mulher em João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos e Sousa. O documento também prevê a aquisição de veículos, equipamentos e materiais educativos, além de capacitação de mulheres empreendedoras, produção de conteúdos e campanhas de conscientização, desenvolvimento de estudos e ferramentas tecnológicas e ações itinerantes junto a comunidades e profissionais da rede. Todas essas ações são financiadas pelos R$ 2 milhões assegurados por emenda parlamentar da senadora.

A coordenadora estadual do programa, Camila Mariz, destacou que o Antes Que Aconteça chega para ampliar a capacidade do Estado de agir preventivamente. Em discurso, afirmou que “o programa fortalece a nossa rede e prepara pessoas para identificar sinais, acolher e encaminhar mulheres antes que o ciclo de violência avance. Cada parceria e cada capacitação são mulheres protegidas”.

Assinatura de cooperação com a Uber

Durante o evento, também foi oficializada uma cooperação técnica entre a Secretaria de Segurança e Defesa Social e a Uber, intermediada pelo Ministério Público da Paraíba e pelo Ministério Público Federal. O acordo permite a integração de dados e localização em tempo real de mulheres em situação de risco, por meio do Centro Integrado de Operações da Polícia Militar. O mecanismo poderá agilizar o socorro em casos de violência ou desaparecimento.

Governador João Azevêdo destaca cinco mil mulheres protegidas

O governador da Paraíba, João Azevêdo, ressaltou a importância do esforço coletivo na proteção das mulheres e lembrou ações já consolidadas no estado. Ele afirmou que “somamos esse programa a iniciativas que já vêm apresentando resultados expressivos, como a Patrulha Maria da Penha, que desde 2019 já acompanhou cinco mil mulheres e, entre elas, não houve nenhuma vítima de feminicídio”.

Lançamento do Banco Vermelho e da exposição “Mulheres Invisibilizadas”

A manhã também contou com o lançamento do Banco Vermelho, símbolo mundial de memória e resistência que busca chamar atenção para o feminicídio e provocar reflexão sobre a violência contra a mulher. Em seguida, foi aberta no hall do MPPB a exposição fotográfica “Mulheres Invisibilizadas”, que resgata e visibiliza histórias de mulheres apagadas pela narrativa oficial, evidenciando desigualdades de gênero e trajetórias silenciadas.

Presenças e representatividade

Estiveram presentes na mesa de honra autoridades do Ministério Público estadual e federal, Governo do Estado, Tribunal de Justiça, Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal Regional do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil, representantes da Uber e da sociedade civil.