A investigação da tentativa fracassada de assassinato da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na quarta-feira (14), viu uma nova prisão, enquanto mensagens eloquentes foram divulgadas, nas quais um dos detentos afirma ter enviado “um cara para matá-la”.
A juíza María Eugenia Capuchetti ordenou a prisão de Nicolás Gabriel Carrizo, que se identifica como o “líder” de um grupo de vendedores de algodão-doce conhecido como “Los Copitos“. Os investigadores que atuam no caso descobriram que, na noite do ataque, Nicolás conversou com Brenda Uliarte, namorada de Sabag, o brasileiro que disparou contra Kirchner.
As investigações também apontam que Montiel e Uliarte tinham planejado outro atentado para o dia 27 de agosto, mas não conseguiram executá-lo por causa da existência de câmeras. O ataque ocorreu em Buenos Aires, na porta da casa de Kirchner.
Também estão presos: o brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos; a sua namorada, Brenda Uliarte, de 23 anos; e Agustina Díaz, amiga de Brenda, de 21 anos.
A mídia publicou uma série de mensagens entre Brenda Uliarte e Agustina Díaz:
“Enviei um cara para matar Cristi (sic)”, disse Uliarte a sua amiga Díaz na noite de 27 de agosto, segundo o jornal Clarín, que cita os investigadores.
A conversa aludiu a uma primeira tentativa de vida de Kirchner, cinco dias antes do ataque falhado, como detectado nas conversas entre Uliarte e Sabag Montiel, acrescenta.
E em uma conversa dois meses antes do ataque fracassado, divulgada pelo jornal La Nación, Uliarte diz a Díaz: “Estou me organizando para ir à Casa Rosada com bombas de molotov e tudo”.
“Eu vou com a arma e atiro em Cristina”, acrescenta ela, insistindo que “eu tenho coragem de fazer isso”.
“Não é uma brincadeira. Estou reunindo um grupo para ir com tochas, bombas, armas, tudo. Eu vou ser a libertadora da Argentina. Tenho praticado tiro, sei usar uma arma”, insiste ela.
Agustina Díaz foi presa na terça-feira (13) e é a pessoa com quem Uliarte se comunicou por telefone após o ataque, de acordo com fontes judiciais.