O relatório da Polícia Federal (PF) conclui que Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O resultado da investigação deve ser entregue ainda nesta quinta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF investiga uma organização que planejava matar Lula, Alckmin e Moraes. O objetivo era dar um golpe de Estado, impedir a posse de Lula e manter Bolsonaro na Presidência da República, quando ele perdeu as eleições para o petista no fim de 2022.
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e alguns dos principais membros da cúpula de seu governo por envolvimento na suposta tentativa de golpe. Também foram indiciados os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente da República nas eleições de 2022.
Entre os 37 indiciados, também estão o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partido do ex-presidente da República.
O paraibano Tércio Arnaud Chaves também foi indiciado. Natural de Campina Grande, ele é apontado como um dos integrantes do chamado “Gabinete do Ódio” durante o governo Bolsonaro. Também chegou a ser nomeado como assessor especial da Presidência.