João Pessoa 29.13ºC
Campina Grande 24.9ºC
Patos 29.33ºC
IBOVESPA 155257.31
Euro 6,35
Dólar 5,47
Yuan 0,76
Polícia não indicia padre denunciado por intolerância religiosa por fala sobre Preta Gil
11/11/2025 / 09:38
Compartilhe:
The current image has no alternative text. The file name is: whatsapp-image-2025-11-11-at-09-36-14
Imagem: Reprodução/Instagram/Diocese de Campina Grande/Studio Foto Braga

O padre Danilo César de Sousa Bezerra, denunciado por intolerância religiosa após comentários sobre Preta Gil, não será indiciado à Justiça, após a conclusão do inquérito da Polícia Civil.

Após a oitiva de diversas testemunhas, a Polícia Civil entendeu que a conduta do padre não é tipificada pela lei.

O caso se refere a uma fala do padre durante uma missa em 27 de julho, quando ele fez comentários sobre a morte da cantora Preta Gil, associando sua fé em religiões de matriz afro-indígena ao sofrimento e à morte. A missa foi transmitida ao vivo pelo canal da paróquia no YouTube, mas o vídeo foi removido após a repercussão negativa nas redes sociais.

“Eu peço saúde, mas não alcanço saúde, é porque Deus sabe o que faz, ele sabe o que é melhor para você, que a morte é melhor para você. Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto Gil fez uma oração aos orixás, cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”, disse.

Após a fala, a associação que fez a denúncia inicial ressaltou que é contra qualquer tipo de violência ou represália contra o padre, pedindo apenas respeito mútuo e investigações sobre o caso.

Gilberto Gil, pai da cantora, moveu um processo por danos morais contra o padre e a paróquia, cobrando uma indenização de 370 mil reais. No processo, os advogados argumentam que as declarações do padre configuram intolerância religiosa, racismo religioso, injúria e ultraje religioso.

No processo de Gil, também foi argumentado que as falas do padre são de “alta reprovabilidade” e “referendadas pela Diocese de Campina Grande”, responsável pela paróquia.

Com informações do g1 Paraíba