Em entrevista ao portal F5 Online, o diretor presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), Rômulo Polari abordou indicadores econômicos ligados à construção do Polo Turístico Cabo Branco, em João Pessoa, e revelou quando os primeiros empreendimentos do complexo turístico devem entrar em operação.
Rômulo conduziu uma palestra sobre “Cenários econômicos a partir da inauguração do Polo Turístico Cabo Branco” e debateu com o economista Écio Costa sobre perspectivas de impacto e desenvolvimento com a abertura do polo na capital paraibana.
O evento foi realizado no Ilha Tech, hub de inovação e criatividade, na quinta-feira (4/7), e marcou o lançamento do portal Paraíba Business, focado em economia e negócios, reunindo dezenas de empreendedores e empresários.
Receba as notícias do F5Online no WhatsApp
“A gente trouxe alguns indicadores econômicos do que está por vir, o primeiro deles é um indicador chamado número de leitos, de oferta turística, quanto cada hotel desses vai incrementar em oferta de leitos no turismo na Paraíba. No Polo, o que a gente já tem hoje em execução, são 11 mil leitos“, informou Rômulo sobre a capacidade de leitos no complexo.
“Hoje, a Grande João Pessoa tem algo em torno de 12 mil a 13 mil leitos. Então a gente vai dobrar esse número com esses primeiros que estão em execução”, destacou o presidente da Cinep.
De acordo com Rômulo Polari, a Grande João Pessoa recebeu no ano passado 1,3 milhões de turistas. “E a gente tá com a estimativa aí, bem conservadora, de dobrar isso, trazer mais 1 milhão, podendo a médio e longo prazo isso duplicar ou até triplicar“, projeta.
“E o gasto médio do turista, como esses leitos de resort são de um resort de um outro padrão, um padrão melhor, ele tende a trazer um turista de maior poder aquisitivo. Então ele também vai deixar mais na cidade, no artesanato, nos bares e restaurantes, fazendo compras, passeios turísticos, então isso movimenta toda a economia, é um impacto muito grande“, analisa.
Em termos de arrecadação, a expectativa é de que R$ 1,07 bilhões/ano sejam injetados na economia de João Pessoa com a ativação dos empreendimentos do Polo Turístico Cabo Branco, incluindo:
ISS – R$105.000.000,00 (valor/ano)
Massa salarial (total) – R$ 636.560.835, 43 (valor/ano)
Gastos com turista – R$ 333.333.333,33 (valor/ano)
TOTAL= R$ 1.074.894.168,76
O projeto do polo turístico é do governo estadual, executado em parceria público privada.
“Ele [o governo] criou todas as condições, infraestrutura, e fez um plano de atração de investimento. A gente saiu pelo Brasil e pelo mundo convidando e mostrando esse projeto a parceiros privados. O estado manteve essa infraestrutura e fez essa atração de investimentos, e empresas privadas tão investindo aí quase dois milhões de reais no projeto“, diz Rômulo.
Para o engenheiro, “isso vai realmente ser um divisor de águas na história do turismo na Paraíba“.
Os primeiros projetos entram em operação em dezembro de 2025, conforme o presidente da Cinep.
“Do segundo semestre de 2025 ao segundo semestre de 2026 a gente já vai ter uma transformação ali na região“, vislumbra.
O polo conta com um imenso parque aquático, cerca de quatro a cinco resorts em construção e, nos próximos 20 dias, devem ser anunciados mais dois resorts, segundo Rômulo.
“Tamo trabalhando um parque também temático, que chama Parque Seco, que são parques que têm temas específicos e também atraem muita coisa. A gente tem uma escola de gastronomia e hotelaria que o estado também vai executar para formar mão de obra aí pra trabalhar nesses empreendimentos, gerando emprego ali pra todo aquele bairro de Mangabeira, do Valentina, que faz fronteira com o Polo Turístico Cabo Branco. A gente vai construir a vila dos pescadores. Aqueles pescadores que estão lá estão inseridos no projeto, tanto com moradia mais qualificada, como também comercializando o seu pescado pra todos os hotéis ali daquela região“, afirmou Polari ao F5.